Replicas do Drama


Esse texto veio de uma sobrinha, ao ler resolvi fazer a replica. Cresceu de tal forma que nos perdemos no final. Vale ler!

Porque ás vezes viver dar medo. Medo dos instantes que não posso prever, e não sei se saberei conviver se o acaso resolver estragar meus planos. Mas não tem saída, não existe possibilidade de não continuar vivendo. E talvez se eu soubesse algo sobre o futuro entregaria os pontos agora, e só esperaria o momento certo de desistir. Penso que é nesse instante que as coisas começam a fazer sentido. Não saber é mais importante que saber. Só posso descobrir como sair do beco-sem-saída se eu já estiver nele. Elaborar estratégias constantes limita meu conhecimento e não me deixa ir além das minhas possibilidades. 


Viver é medo. Se prever é sem medo, sem conviver ao acaso e mesmo no acaso os planos são constantes, impróprios, sem saída. Há possibilidades, a de continuar vivendo e somando os pontos de milhagem futura. Desistimos todos os dias e vemos os sentidos de continuar quando no obscuro o importante é nem saber... é descobrir! Como elaborar e desfazer ao mesmo tempo, as constantes são além, e sempre erramos. Mais adiante sabemos que acertamos!

 Não sei lidar com o acaso. Preciso saber o que fazer com os próximos instantes. O que fazer, o que falar, como agir. Não consigo me entregar a desorientação. Preciso de estabilidades pra viver. E se isso não existir, é como se eu tivesse a um triz do suicídio, suicídio psicológico entende? E assim começo a inventar o final da história, mesmo que no fundo eu saiba que nem sempre será feliz.

Como? se a cada minuto o acaso nos rodeia? Sem medo ou com ele seguindo os instantes. A vida por si ensina e aplica no falar, no fazer e agir....ah agir... tem seu espelho. A rotina tem estabilidades e viver nela é suicídio físico e psicológico. Na esfera da caminhada eis a desorientação, o acaso, as fraudes, descobrindo o final, mesmo sem ter. A felicidade está nesse espaço pequenino, que você para, acontece, nasce, resolve e morre....Morre viva. O final por si realiza e quando chega, não importa se foi feliz.

Luíza Zacarias É, talvez eu precise reorganizar os pensamentos, trocar de lado a linha de raciocínio e me colocar no lugar do outro. Sem desculpas e sem dramas frequentes. Enquanto essa péssima mania de culpar terceiros pelos meus fracassos e imperfeições persistir, estarei longe de mim. Vivendo fora da realidade para encontrar uma alegria forçada. Mas tais alegrias são como uma droga ao meu eu. Viciantes, estimulantes e cegas. Faz um bem danado ao seu consumo, mas depois que passa fica aquela impressão de que viver é chato. E deve ser mesmo. Viver sem motivos para tirar os pés do chão é sem graça, é nas loucuras que me compreendo.

Rosa Cezar O drama do ser compete na facilidade de culparmos o que ou a quem.... Fica fácil desvencilhar da imperfeição. E quem nunca errou ou fechou a cortina da realidade, até mesmo sorriu no disfarce das lágrimas? Viver é chato, é pouco diante de tamanha alegria. Vamos deixar nossos pés no chão e brindar as loucuras da nossa compreensão.


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